Ainda não consegui parar de pensar em você, ternura. Bem que eu gostaria de te acolher nos meus braços, te fazer dormir. Dizer que está tudo bem. Ter todo o tempo do mundo para ouvir suas histórias. Quantas canções de amor escondidas?? Quantos suspiros solitários?? Quantas dores em teu peito?? Te amo como a um irmão, como alguém a quem se deseja proteger. Continuo achando seu sorriso a graça de qualquer dia. O verão em pleno inverno. A bebida quente de qualquer coração..
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Pensamentos a granel.
Quando leio um livro estou em busca de algumas pequenas verdades, filosofias descompromissadas, observações do cotidiano, mistérios singelamente desvendados, coisas banais e grandiosas. Tenho para mim que todo escritor guarda um alterego de filósofo, mas nem todo filósofo possui a criatividade e o deslumbramento que cada escritor esbanja diante da exaustiva tarefa da narrativa. A verdade nua e crua, que às vezes pode ser calculada como um sintoma de esquizofrenia da mente de alguns pensadores, não afeta com a mesma agudez o esforço de reflexão constantemente presente na maioria dos bons livros de literatura.
Cito aqui Albert Camus (1913-1960) e Nélida Piñon (1937-), que vivendo cada um em seu tempo, convivendo com gerações distintas, em sociedades díspares, com experiências de vida singulares e resguardando cada qual sua própria característica literária, ainda assim apresentam pontos de vistas particularmente semelhantes, eu diria mesmo coincidentes, acerca da natureza do poder, da essência e da explicação quase orgânica para esse ímpeto tão primitivo no ser humano. É preciso, antes, se perguntar: por que essa questão continua sendo tão atual? Os trechos a seguir falam por si sós:
Cito aqui Albert Camus (1913-1960) e Nélida Piñon (1937-), que vivendo cada um em seu tempo, convivendo com gerações distintas, em sociedades díspares, com experiências de vida singulares e resguardando cada qual sua própria característica literária, ainda assim apresentam pontos de vistas particularmente semelhantes, eu diria mesmo coincidentes, acerca da natureza do poder, da essência e da explicação quase orgânica para esse ímpeto tão primitivo no ser humano. É preciso, antes, se perguntar: por que essa questão continua sendo tão atual? Os trechos a seguir falam por si sós:
"Bem sei que não se pode deixar de dominar ou de ser servido. Todo homem tem necessidade de escravos, como de ar puro. Mandar corresponde a respirar, não tem a mesma opinião? E até os mais desfavorecidos conseguem respirar. O último da escala social ainda têm o cônjuge ou o filho. Quando é solteiro, um cão. O essencial, em resumo, é uma pessoa poder zangar-se sem que alguém tenha o direito de responder. 'Não se responde ao pai', conhece a fórmula? Em certo sentido, ela é singular. A quem se responderia neste mundo, senão a quem se ama? Por outro lado, ela é convincente. É preciso que alguém tenha a última palavra. Senão a toda razão pode opor-se uma outra: nunca mais se acabaria. A força, pelo contrário, resolve tudo". (p.35)
"- Ninguém quer perder a sua cota de poder, ainda que reduzida. É uma fatalidade humana mandar, dar ordens. Ainda que eu me furte, sem querer mando em Eulália, Eulália manda nos filhos, os filhos mandam entre si, e por sua vez eles submetem-se ao meu comando. Nesta cadeia ininterrupta assegura-se ao outro a ilusão de mandar, embora esteja sujeito a obedecer. E, por meio deste estratagema, continua-se a comandar. Mesmo eu, de porte modesto, sou obrigado a mandar em algumas pessoas. E estas mesmas pessoas, por seu turno, não se privam de mandar em tantas mais. Quer no ambiente de trabalho, como em casa. Como se quebrará esta sucessão de autoritarismo?" (p.157)quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Sofisticated.
Alabama Shakes
Para aqueles que pensavam que ouvir música boa era só ouvir música dos anos 1960 e 1970.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Desmundo - Ana Miranda
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