quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Ternura.

Fonte: http://marinaaniramart.blogspot.com
Ainda não consegui parar de pensar em você, ternura. Bem que eu gostaria de te acolher nos meus braços, te fazer dormir. Dizer que está tudo bem. Ter todo o tempo do mundo para ouvir suas histórias. Quantas canções de amor escondidas?? Quantos suspiros solitários?? Quantas dores em teu peito?? Te amo como a um irmão, como alguém a quem se deseja proteger. Continuo achando seu sorriso a graça de qualquer dia. O verão em pleno inverno. A bebida quente de qualquer coração..

                                  

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Pensamentos a granel.

Quando leio um livro estou em busca de algumas pequenas verdades, filosofias descompromissadas, observações do cotidiano, mistérios singelamente desvendados, coisas banais e grandiosas. Tenho para mim que todo escritor guarda um alterego de filósofo, mas nem todo filósofo possui a criatividade e o deslumbramento que cada escritor esbanja diante da exaustiva tarefa da narrativa. A verdade nua e crua, que às vezes pode ser calculada como um sintoma de esquizofrenia da mente de alguns pensadores, não afeta com a mesma agudez o esforço de reflexão constantemente presente na maioria dos bons livros de literatura.

Cito aqui Albert Camus (1913-1960) e Nélida Piñon (1937-), que vivendo cada um em seu tempo, convivendo com gerações distintas, em sociedades díspares, com experiências de vida singulares e resguardando cada qual sua própria característica literária, ainda assim apresentam pontos de vistas particularmente semelhantes, eu diria mesmo coincidentes, acerca da natureza do poder, da essência e da explicação quase orgânica para esse ímpeto tão primitivo no ser humano. É preciso, antes, se perguntar: por que essa questão continua sendo tão atual? Os trechos a seguir falam por si sós:

"Bem sei que não se pode deixar de dominar ou de ser servido. Todo homem tem necessidade de escravos, como de ar puro. Mandar corresponde a respirar, não tem a mesma opinião? E até os mais desfavorecidos conseguem respirar. O último da escala social ainda têm o cônjuge ou o filho. Quando é solteiro, um cão. O essencial, em resumo, é uma pessoa poder zangar-se sem que alguém tenha o direito de responder. 'Não se responde ao pai', conhece a fórmula? Em certo sentido, ela é singular. A quem se responderia neste mundo, senão a quem se ama? Por outro lado, ela é convincente. É preciso que alguém tenha a última palavra. Senão a toda razão pode opor-se uma outra: nunca mais se acabaria. A força, pelo contrário, resolve tudo". (p.35)



"- Ninguém quer perder a sua cota de poder, ainda que reduzida. É uma fatalidade humana mandar, dar ordens. Ainda que eu me furte, sem querer mando em Eulália, Eulália manda nos filhos, os filhos mandam entre si, e por sua vez eles submetem-se ao meu comando. Nesta cadeia ininterrupta assegura-se ao outro a ilusão de mandar, embora esteja sujeito a obedecer. E, por meio deste estratagema, continua-se a comandar. Mesmo eu, de porte modesto, sou obrigado a mandar em algumas pessoas. E estas mesmas pessoas, por seu turno, não se privam de mandar em tantas mais. Quer no ambiente de trabalho, como em casa. Como se quebrará esta sucessão de autoritarismo?" (p.157)


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sofisticated.




Alabama Shakes

     Para aqueles que pensavam que ouvir música boa era só ouvir música dos anos 1960 e 1970.




segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Desmundo - Ana Miranda



"Que este era o meu tesouro, poder alembrar e poder esquecer"

                      "E que seja assim até o derradeiro bocejo do mundo"

Bolívar




"Estamos ricos"

                "Estamos livres"

                                     "Estamos tristes"