terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Sopro.

Acordei subitamente inundada de saudade.
Por pouco, quase mesmo, não respirei seu cheiro.
Não foi como uma névoa. Você esteve aqui. Eu sei que sim.
Porque lágrimas densas caíram dos meus olhos ainda cerrados.
Sempre na luta de prolongar o instante da sua presença,
De não querer te deixar partir.
De não entender porque sempre existe a hora de partir.

É preciso dizer: - acho que nunca vai passar.

Mais forte do que qualquer fotografia, que um dia descolore...
São as lembranças, todas elas gravadas, machucadas, impressas
É quando eu volto a perceber seu olhar de afeto, aprovando minha existência.
O amor enorme que me fortalecia. Sem tamanho e eterno.
A tristeza de ter te decepcionado, de não ter segurado sua mão, antes de ir embora...

Vigia, me guarda, acaricia meu rosto.
Mesmo que eu não te veja, mesmo que eu pareça distraída.
Porque um dia eu acordo, eu volto a respirar e esqueço que te perdi.